terça-feira, 9 de outubro de 2007

Prostituição em vários momentos da história

2000 A.C. - Uma de cada lado
A separação social ente esposas e prostitutas é tão antiga quanto a própria atividade. Já na Suméria, códigos de conduta limitam os direitos das prostitutas.

1100 A.C – Vestindo a carapuça
Os assírios proíbem o uso do véu. Em 1351, um ato impõe o uso de capuz “para que saibam de que classe elas são”. Em 1535, o rei inglês Henrique VIII cria uma identificação mais eficaz: ordena que os rostos sejam queimados com ferro.

400 A.C. – Naturalidade
Sexo e erotismo são encarados de forma natural pelos romanos. Sem moralismos, a sociedade encarava a prostituição como uma profissão comum durante o império Romano. Antes disso os gregos chegavam a encarar a prostituição como algo sagrado.

Século V – A igreja não gosta
A igreja católica transforma em pecado todas as formas de prazer e limita o sexo ao casamento. As prostitutas passam a ser excomungadas e os homens instruídos a se manter bem longe delas.

Século XII – Sem direitos
Juristas franceses preparam as primeiras leis sobre prostituição, negando às mulheres direitos básicos como testemunhar em tribunais. O código das leis da Normandia foi mais longe e legalizou o estupro de prostitutas.
Também no século XII o rei Henrique II baixou um decreto diozento que a igreja poderia explorar comercialmente os bordéis de algumas cidades inglesas. Foi esse dinheiro que ergueu centenas de igrejas pela Inglaterra.

Século XV – Faça o que eu falo
A igreja continua sua obsessão contra prostitutas, o que não impede os homens do clero de transformar mosteiros em locais pouco cristãos.

Século XVI – No combate
Nem leis, nem apelos religiosos. A única arma eficiente contra a prostituição são as doenças sexualmente transmissíveis – um fato que não mudou muito. O aparecimento da sífilis na Europa traz uma onda de aversão contra a atividade.

Século XVIII – Revolução sexual
A revolução industrial faz da prostituição uma atividade tentadora. Nas fábricas, as jornadas de trabalho são desumanas e os salários, miseráveis. A cafetinagem se torna uma opção de vida para os homens.
Também nesse século o médico alemão Lippert faz uma descrição física das prostitutas: olhos penetrantes, cabelo escasso e voz rouca, “característica fisiológica da mulher que perdeu suas funções próprias – aquelas de mãe”. Era a ciência procurando explicações para a prostituição.

Século XIX – Regras, regras e mais regras
Mulheres começam a ser controladas, registradas e obrigadas a passar por exames médicos regulares. Uma corrente abolicionista surge nessa época e espera que prostitutas se arrependam e assumam uma “vida digna”.

Século 20 – Levantando a voz
Prostitutas começam a se organizar. Já não estão dispostas a deixar que os outros decidam o que é melhor para elas. Hoje existem dezenas de grupos e associações, em todo o mundo, que lutam pelo direito de mulheres que vendem serviços sexuais.

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