A forma como falamos, ou fazemos algum comentário, vai influir diretamente na maneira como obtemos a resposta das nossas indagações.
Estava num supermercado quando presenciei a seguinte cena: Um casal fazia suas compras e colocou no carrinho um pacote de cervejas em lata, logo depois foi inquirido por uma pessoa, que vinha em sentido oposto, com a seguinte pergunta: "Precisa disso?!"
Deixando de lado o mérito da questão - nada contra, nem a favor, muito menos pelo contrário - achei inteligente a reposta dada pelo casal: "Às vezes, sim!"
Não sei se a pessoa o conhecia, ou se simplesmente pelo seu zelo religioso, fazia uma reprovação do ato de comprar bebida alcoólica. O fato é que a pergunta inadequada foi feita de modo educado, amável e simpático até - pela minha observação. Pergunto se ela tivesse sido feita em tom diferente, qual teria sido a resposta?
Às vezes, em nossa arrogância, acreditamos que somos os donos da verdade e que nossas opiniões são mais importantes do que as dos demais. Fazemos comentários que, para nós, são corretos, mas que não são nem devem ser verdades absolutas para os outros.
Jesus, certa vez, se encontrou diante de uma verdade: uma mulher pega em flagrante adultério. Todos esperavam que ele a condenasse, mas em sua sabedoria divina, simplesmente falou: "Aquele que não tiver pecado atire a primeira pedra".
Todos esperavam uma ação enérgica do filho de Deus, mas Ele, serenamente, colocou uma nova verdade.
A forma como Ele tratou, não só, a mulher pega em adultério, mas também todos os que assistiram à cena, foi determinante naquele momento para vários questionamentos dos presentes.
Como você trata seu semelhante? Como você espera ser tratado por ele? Como você fala com as pessoas? Como você espera que suas perguntas sejam respondidas?
P.S.: Publicado originalmente em 09/02/2007 no site: http://www.geriberto.blig.ig.com.br
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