Não é de estranhar que muitos duvidem que o Brasil seja um país sério, como disse certa vez uma autoridade francesa, pois os atos e palavras daqueles que comandam o mesmo falam por si:
Ao ser perguntada sobre o que dizer aos turistas diante dos recentes problemas nos aeroportos, a ministra do turismo, que é sexóloga, afirmou: “Relaxa e goza porque você vai esquecer dos transtornos”. Depois disse que uma das medidas para reduzir os atrasos nos aeroportos é investimento em novas aeronaves pelas companhias aéreas. “Mas esse não é um problema só do Brasil, é um problema mundial”, minimizou.
Em entrevista à imprensa, aparentando alegria e comentando o caos aéreo, o ministro Guido Mantega afirmou que os atrasos de vôos são causados pelo "aumento do fluxo de tráfego por causa da prosperidade do país".
"Em determinados cargos, a gente não diz aquilo que pensa nunca; a gente faz quando pode e, se não pode, a gente deixa como está para ver como é que fica", ensinou o presidente Lula no último dia 17 de julho.
Diante destes comentários não é de estranhar o que aconteceu em uma escola de nível médio, aqui em Parnamirim, onde uma coordenadora criticou um dos funcionários por tocar cinco minutos mais cedo (na verdade o horário de encerrar as aulas é as vinte e duas horas e não as vinte e uma e cinqüenta e cinco), argumentando ela que em virtude da greve os alunos teriam perdido muitas aulas e qualquer tempo perdido seria prejudicial ao seu aprendizado.
Foi lembrado então que se devia pelo menos começar as aulas no horário correto, dezenove horas e não com os atrasos costumeiros de quinze minutos ou mais, quando ela retrucou que aí já é outro problema e que não queria que algo assim se repetisse, referindo-se ao adiantar o encerramento das aulas.
Esquece ela que o aprendizado dos alunos do turno noturno já é prejudicada pelo fato de muitos, salvo algumas exceções, trabalharem durante o dia, e fazem um grande sacrifício para estudar a noite, estando já cansados das labutas do dia-a-dia e cinco minutos a menos as vezes é mais salutar e útil ao aprendizado do que cinco minutos a mais.
Quanto a greve, espero que as aulas que não foram dadas no período em questão sejam repostas de verdade e não como costumeiramente é feito e algumas instituições de ensino onde as mesmas são pagas com reuniões e trabalhos para os alunos fazerem em casa. Isso sim acarreta danos a aprendizagem.
Finalizo usando uma frase do professor Elcio Abdalla, catedrático da USP: "Quem quer competir com os melhores não tem tempo para greve"
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