Na madrugada de sábado para domingo, fez sua última apresentação Coinha. Um dos melhores músicos que já conheci, não só pela sua competência como instrumentista, mas pela pessoa que ele foi em sua simplicidade, com seu sorriso fácil e sincero que enchia de admiração aqueles que o viam tocar.
Tive o privilégio de estar ao seu lado algumas vezes e posso até ousar ao dizer que desfrutei de sua amizade, que se resumiu a alguns poucos encontros em que pude aprender com ele, vendo a forma como ele tocava e ouvindo seus conselhos sobre rítmo, harmonia, estilo, passagens e outras coisas que, como aprendiz, nem sempre entendia.
Achava legal, e o termo é esse mesmo, quando pedia pra que eu ou qualquer outro que estivesse junto a ele, pegasse num violão e tocasse alguma coisa, pois sendo ele músico profissional da melhor qualidade, tinha paciência de ouvir tocar aqueles que muitas vezes maltratavam, com suas mãos, o violão que tão habilmente tocava.
Ele saiu de cena nos deixando tristes e abalados pela forma trágica como se foi, deixou também a música de luto, pois poucos são os que sabem executá-la com o sentimento e competência que ele tinha.
Saudade é o que vai ficar dentro dos que te conheceram. Comigo vai ficar, como recordação, o convite para passar em sua casa para tocar um pouco com você e o seu sorriso.
Obrigado por ter tido o privilégio de lhe conhecer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário